Divulgação científica em Ensino de História

O que é divulgação científica em ensino de história?

 

A revista Palavras Abehrtas vem tecendo algumas considerações provisórias sobre a divulgação científica em ensino de história. Acreditamos que fazer divulgação científica em ensino de história é colocar em debate a multiplicidade de criações realizadas nos diversos lugares em que nosso campo se expressa: ensino superior, educação básica, espaços de memória, produções culturais, ruas, praças, mundo digital... Trata-se de uma operação aberta que envolve as situações concretas da comunicação, a cultura científica como referente, escolhas políticas e as variadas formas de expressão. Nesse sentido, não se trata de republicar, de forma simplificada, produções acadêmicas dirigidas a um público leigo, mas em ampliar a comunidade científica que debate a produção de conhecimento em ensino de história. Portanto, na Palavras Abehrtas, a divulgação científica tem por emissores e por público as mesmas pessoas: professores-as de história de todos os níveis e modalidades de ensino, em formação inicial ou contínua. Todos nós que trabalhamos com esse campo podemos ser, em diferentes situações, divulgadores ou alvo da divulgação. Nossa proposta se parece muito mais como uma roda de conversa entre colegas que comunicam, divergem, debatem e recriam ideias: um lugar de Palavras Abehrtas! 

 

Como saber se meu texto contribui para a divulgação científica em ensino de história?

 

A partir desse entendimento, elencamos algumas questões que podem ajudar na elaboração de um texto de divulgação científica em ensino de história:

  • para quem estou escrevendo? O público da Palavras Abehrtas são professores de história, independentemente do nível em que atuam e do fato de já terem ou não finalizado a graduação.
  • qual provocação de meu texto pode interessar a esse público? A que demandas do campo ele se refere?
  • como explicar melhor o meu trabalho? Ao comunicar as experiências que tive, estou também explicando que contextos me conduziram a esses caminhos? Que escolhas teórico-metodológicas fiz ou evitei?
  • o texto escrito e linear é realmente a melhor forma de expressar minhas contribuições? Posso recorrer a outras formas de expressão?
  • que debates meu texto pode suscitar? Que outras perspectivas eu gostaria de ouvir/ler sobre esse mesmo assunto?