O mito da produtividade na pandemia
ensaio e relato de experiência
Palavras-chave:
Estágio, Produtividade, Ensino Remoto Emergencial, Pandemia Covid-19Resumo
Esse texto é fruto da minha experiência de três estágios curriculares obrigatórios no CEPAE-UFG (2019-2021) onde abordarei algumas diferenças gerais sentidas no trato com alunos, professores e com os colegas estagiários, as ausências, dificuldades, facilidades e avanço pessoal na compreensão da prática docente. Ademais, o objetivo do texto será discorrer e questionar a respeito da ideia de produtividade que temos cultivado no âmbito escolar e como isso se refletiu na experiência supracitada. Baseada em experiências pessoais e relatos, analiso o ambiente escolar como parte de uma lógica capitalista maior; a escola também propõe metas de produtividade a serem atingidas, não só pelos professores que estão de fato em seu campo de trabalho, como do que se é esperado dos alunos. Essas exigências, por muitas vezes irreais, adoeciam antes da pandemia e continuam a adoecer agora tanto os profissionais quanto os estudantes, de maneira que ficam com a saúde física, mental e emocional fragilizadas. Utilizando de ideias trabalhadas pelas doutoras Aline Moura e Andréia Cruz em um recente artigo sobre a produtividade acadêmica (MOURA, CRUZ, 2020), aponto que a pandemia não pode ser normalizada, ou tratada como “novo normal” e nem mesmo encarar como objetivo voltar à antiga normalidade (KRENAK, 2020) pois dessa forma, seria aceitar que todas as antigas demandas – que custávamos dar conta antes – ainda são plausíveis de serem cobradas em tempos de pandemia. Tais demandas vêm de todas as partes e não é pretensão deste expor as causas primárias, no entanto aqui questionarei seus limites, e como certas atitudes podem ainda ser aceitáveis em tempos pandêmicos. Em conclusão penso que o CEPAE realizou um trabalho psicológico de reavaliação da produtividade, que ainda cabem melhorias, mas fez com que a experiência do Estágio Curricular Obrigatório dentro da Área do Conhecimento Ciências Humanas, fosse melhor adaptada para o ensino remoto emergencial, trabalho este que é um bom exemplo e cabe ser replicado em outras instituições.
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